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CINEPLACE: La Vie Guarda (2024) | Avaliação de Cinema

  Cineplace Guarda

Data da Visita: Outubro 2024

Entrada do cinema

Sobre o Cinema

Balcão

A cidade da Guarda durante muitos anos teve apenas como cinema, o Cine-Estúdio Oppidana, inaugurado em 1989, e encerrado em abril de 2006 devido à rescisão contratual com a distribuidora ZON Lusomundo. A reabertura a 11 de abril de 2007, com a exibição de 'O Labirinto do Fauno', não foi bem-sucedida. Com capacidade para 265 espectadores, apenas 149 bilhetes foram vendidos em cinco sessões, o que foi insatisfatório e reforçou as razões da Lusomundo para abandonar a Guarda devido à falta de público.

Tudo mudou, com a abertura do centro comercial onde se localiza este cinema da Cineplace, La Vie Guarda, foi inaugurado a 4 de novembro de 2008 com o nome Vivaci Guarda, e contava com salas de cinema Vivacine. O grupo detentor do espaço e das salas, FDO, faliu em 2012, tendo sido posteriormente adquirido pela ECS Capital, que entregou a gestão do shopping à Widerproperty em novembro de 2015. 

As salas encerraram a 30 de junho de 2016, quando o grupo Vivacine Multimedia despediu 29 funcionários e encerrou os seus cinemas na Guarda, Caldas da Rainha e Maia. A reabertura das salas de cinema na Guarda, sob a insígnia Cineplace, ocorreu a 4 de agosto de 2016.

O cinema conta com 4 salas, distribuídas da seguinte forma:

  • Sala 1: 96 lugares
  • Sala 2: 62 lugares
  • Sala 3: 116 lugares
  • Sala 4: 77 lugares
  • Total: 350 lugares

As salas estão equipadas com Dolby Digital 5.1.

A Minha Experiência

Corredor do cinema

A entrada para o cinema no La Vie Guarda está um pouco escondida, situada numa zona mais escura do centro comercial. Achei interessante que ao lado da entrada há algumas máquinas arcade, o que traz um toque de diversão ao espaço. No que toca ao atendimento, fiquei bastante satisfeito. Os funcionários foram extremamente simpáticos, prestáveis e atenciosos, criando uma impressão agradável logo à entrada.

Não havia pipocas salgadas, e reparei num detalhe curioso: havia uma capa com as sinopses impressas de todos os filmes em exibição. É uma adição interessante e diferente, que podia ser mais comum noutros cinemas.

Lounge de espera

As salas ficam localizadas atrás do balcão, num corredor colorido. Apesar disso, uma pequena falha do espaço é a ausência de uma casa de banho própria, embora a do shopping esteja convenientemente localizada ao lado. No corredor para as salas há um pequeno lounge com uma mesa e sofá, um espaço agradável para quem quer relaxar um pouco antes do filme. Já no início do corredor, existem uns puffs espalhados pelo chão, que me pareceram um pouco desnecessários. 

O Filme e a Sala

Entrada da Sala 3 com as folhas dos filmes a tapar 
os ecrãs agora apagados.

Algo que reparei é que, por terem sido salas originalmente Vivacine, a estética é ligeiramente diferente. Não possuem cartazes digitais ao lado das portas das salas. Em vez disso, usam folhas impressas com a imagem do filme e a sinopse, o que achei uma solução menos moderna. Essas folhas estão a cobrir o que parecem ser ecrãs que já terão funcionado no passado e, na minha opinião, deveriam voltar a estar operacionais.

Sala 1

Vi o filme na Sala 1, e confesso que, apesar do espaço reduzido no que toca a número de lugares, achei a sala bastante espaçosa. Algumas cadeiras têm os estofos rasgados, mas, mesmo assim, são mais confortáveis do que muitas cadeiras intactas de outros cinemas. O espaço entre as filas é suficiente, embora não seja enorme.

A qualidade da projeção foi bastante boa, com uma definição clara e cores bem equilibradas. No entanto, o som estava excessivamente alto. Gosto de som alto para uma imersão total, mas, neste caso, chegava a ser incómodo. Estava um dia particularmente frio, e a sala também o estava.

Havia muito poucas pessoas no cinema, o que lhe conferiu uma atmosfera tranquila, condizente com a dimensão da cidade mas que me deixou a questionar a lucratividade do espaço. 


Quanto ao filme em si, assisti à reposição do Joker (2019). Ver a degradação psicológica de uma mente perturbada foi, sem dúvida, uma experiência envolvente. A transformação de Arthur Fleck na sua verdadeira versão, libertando-se das amarras morais da sociedade, é bem explorada. No entanto, há alguns elementos que não me convenceram. As histórias secundárias, como a dúvida com o pai de Arthur, pareceram-me desnecessárias e não contribuíram para a narrativa.

Além disso, o impacto que a morte do apresentador televisivo teve sobre a adoração do público ao Joker pareceu-me algo forçado. Não me pareceu realista que um único ato levasse a tal nível de idolatria, apesar de desafiar o poder pareceu-me irrealista. Talvez pudesse ter havido uma construção mais robusta nesse sentido.

Conclusão Geral

Filmes a estrear brevemente

A experiência no Cineplace da Guarda foi positiva no geral, mas com alguns aspetos que podiam ser melhorados. O atendimento foi excelente e as instalações, apesar de discretas, têm qualidade. O maior ponto a melhorar é, sem dúvida, o som, que estava alto demais, e a manutenção das cadeiras rasgadas. A ausência de cartazes digitais nas portas das salas, apesar dessa tecnologia existir também é algo que sugere a necessidade de investimento no seu arranjo.

Ainda assim, o Cineplace cumpre a sua função num ambiente agradável e tranquilo, embora com algumas falhas que podem ser resolvidas sem arranjos de maior. 

Avaliação: 

7/10.

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